Santa Rita é um município da Região Metropolitana de João Pessoa, estado da Paraíba. Sua população em 2016 foi estimada pelo IBGE em 135.915 habitantes distribuídos em 726 km² de área. Nas últimas três décadas a cidade vem tendo um expressivo crescimento urbano, o que, além da prosperidade econômica, trouxe também problemas sociais e de urbanização. Em virtude de seu distrito industrial, atualmente o município é detentor da quarta maior economia do estado, com um PIB de 1.624.386 mil reais, no ano de 2012, após a capital, Campina Grande e Cabedelo. Com a cidade histórica localizada junto à capital do estado, Santa Rita foi palco da implantação dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar na Paraíba. O município apresenta também o maior número de fontes de águas minerais do estado da Paraíba, por isso também é conhecida como “cidade das águas minerais”.
História
Brasil Colônia
A colonização de Santa Rita teve origem logo após a fundação de João Pessoa, em 1585, pelo português Frutuoso Barbosa. Na ocasião, eram freqüentes os combates entre portugueses, tabajaras e potiguaras, estes últimos auxiliados pelos franceses . O primeiro núcleo não-nativo se instalou no século XVI, décadas antes da fundação de Filipéia, conhecido como feitoria do Forte Velho (um dos primeiros entrepostos comerciais – junto a Baía da Traição – na América Portuguesa de normandos e bretões). Segundo Elias Herckmans, o forte velho foi totalmente destruído pelos espanhóis e portugueses aliados aos tabajaras para evitar uma nova investida contra os assentamentos ibéricos na margem oriental da reentrância flúvio-marítima pouco a norte da costa. Aí também nasceu André Vidal de Negreiros. Nesta altura Santa Rita era exportadora-mor de açúcar.
Ainda em 1585 foi erigido o primeiro forte da região, o Mirante do Atalaia, o Forte Velho, que servia como ponto de observação dos portugueses para identificarem possíveis piratas franceses em busca de pau brasil. Paralelo a esta edificação, os portugueses construíram o Engenho Real Tibiry nas proximidades de onde hoje fica os bairros de Várzea Nova e Tibirí Fábrica. Era um engenho de alta tecnologia para a época, movido á água. O nome Tibiry deriva de uma tribo indígena que habitava essa região.
Santa Rita originou-se de acampamento de nativos, colonos, exploradores, comerciantes, criadores e até tropas militares. Foi construído no local então conhecido como Tibiry o Forte de São Sebastião (1771), e próximo a ele foi edificada a capela que, juntamente com o primeiro engenho de açúcar, se tornaram o marco para a formação do povoado.
Brasil Império
A população de Santa Rita fora dos engenhos, começou-se dentro de um acampamento de tropas, ou ponto de partida, ou estacionamento de comboios de almocreves de matutos, tendo sido a atual cidade, primeiramente, um local de “pouso” das pessoas que viajavam da capital da Província para o interior, e vice-versa, onde, geralmente, pernoitavam. Naquele tempo, efetivamente, para se ir à capital da Província, fazia-se um grande rodeio, contornando o vasto alagadiço existente entre Santa Rita e Tibiri, para então alcançar a Estrada de Manênma que ligava o Engenho Tibiri à Paraíba. A pousada aí, portanto, era uma necessidade. Foi, justamente, nesse “pouso”, que surgiram as primeiras habitações.
Brasil República e emancipação
O distrito de Santa Rita foi criado pela Lei provincial nº 2, de 20 de fevereiro de 1839. Já o município foi declarado como tal pelo Decreto estadual nº 10, de 19 de março de 1890 e Antônio Cordeiro Gomes de Melo foi nomeado Presidente do Conselho de Intendência Municipal, cargo equivalente ao de Prefeito Constitucional. Suprimido este, posteriormente a Lei estadual nº 79 de 24 de setembro de 1897 o restaurou, firmando Santa Rita como território desmembrado da cidade de Paraíba. A sede municipal recebeu foros de cidade pela Lei estadual nº 613, de 3 de dezembro de 1924, que novamente extinta foi restaurada pelo Decreto estadual n.º 352, de 28 de dezembro de 1932.
Com isso a cidade teve seu total crescimento fora dos engenhos no centro, perto da Basílica de Santa Rita. Praças foram construídas, prefeitura, biblioteca até um cinema a cidade ganhou, por falta de investimento do governo Santa Rita poderia ser uma cidade padrão Campina Grande. Inicialmente apenas com a sede, sofreu diversas reformulações administrativas chegando em 1959 a contar com os distritos de Livramento, Lucena e Bayeux. Desse ano em diante perdeu os distritos de Bayeux (1959) e Lucena (1961).
A padroeira do município é Santa Rita de Cássia.
Economia
Além da indústria e comércio, a economia do município é bem movimentada pela agricultura e agropecuária. O município destaca-se como o segundo maior produtor de abacaxi da Paraíba. Santa Rita possui uma grande produção de cana-de-açúcar. Além disso, diversas indústrias existem na cidade, como a Metalbrasil Metalúrgica, a Alpargatas SA(calçados), Velas Santa Clara, Guardanapos Elite, Siplast, P & P Reciclagem, Carioflex (estofados), Cincera (cerâmica), Ceramina (cerâmica), Caiongo (cerâmica), Lajes Sigma (pré-moldados de cimento), Cosibra (sisal), Brastex (sisal), Demyllus (confecções), Valtex (confecções). A cidade conta com quatro agências bancárias, que são: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste. Há três feiras livres que recebe clientes também de municípios circunvizinhos como Bayeux, Cabedelo, João Pessoa, Cruz do Espírito Santo, Sapé, Mari, Pedras de Fogo e Mamanguape. Na indústria canavieira (açúcar, álcool e aguardente) algumas empresas são: Usina Japungu, Usina Santana, Usina São João, Engenho do Meio, Usina Monte Alegre, Destilaria Miriri.
Por ser o município paraibano com maior incidência de fontes de água mineral, também existem as indústrias deste recurso, dentre elas: Água Mineral Platina, Água Mineral Indaiá, Água Mineral Sublime e Água Mineral Itacoatiara.
Novos empreendimentos
Por se considerada a 4° maior cidade em PIB do estado, Santa Rita tem economia maior que as cidades de Bayeux e Patos. Seu Limite territorial equivale 1.2873% da superfície do Estado da Paraíba, sendo assim, maior 3 vezes do que a Capital do Estado, maior 3 vezes do que Recife que tem apenas 218,435 km², e 4 vezes maior do que Natal que tem 167,263 km², e também Salvador cuja extensão territorial é de 693,276 km². Com isso novos projetos de incentivo da prefeitura e do governo estão sendo instalados na cidade.
Sistema VLT
O Governador Ricardo Coutinho, a região metropolitana de João Pessoa, as cidades de Santa Rita e Cabedelo foi contemplado com o Sistema de Veículos Leves sobre trilhos (VLT), o projeto foi implantado pelo governo do estado e ainda encontra-sé em processo de ampliação.
Arte e cultura
Santa Rita abriga um universo artístico muito rico , composto por atores; repentistas; músicos; dançarinos; coreógrafos; poetas; artesãos; cineastas; artistas plásticos, etc. Por volta de 1950, a cidade já se encantou com a força das lapinhas, que encantavam a muitos nos períodos natalinos. Era comum que as pessoas se encontrassem na praça central (atual Getúlio Vargas), para uma passeada ou uma ída ao coreto que ali existia. Também a cidade ja teve quatro cinemas, o “Cine Avenida” na Praça Getúlio Vargas; o “Cine São João” na rua São João; o conhecido popularmente por “Cine Purga” na rua Dr. Pedroza, e um que não conhecemos o nome, que funcionava onde atualmente é a Caixa Econômica Federal, na Praça Getúlio vargas, além do “Cinema de Várzea Nova” que funcionava naquele distrito. As principais festas populares do município são: Festa da Padroeira (22 de maio); São João; Natal e Ano Novo.
Santa Rita possui três bens tombados pelos patrimônio histórico federal: a Capela do antigo Engenho Una (atual Engenho Nossa Senhora do Patrocínio), a Igreja de Nossa Senhora das Batalhas e a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Saúde
Santa Rita ao ser emancipada não tinha setor de saúde, os santa-ritenses eram obrigados a se atenderem em João Pessoa ou Recife. A necessidade de um hospital na cidade era um transtorno principalmente para os trabalhadores dos engenhos de cana-de-açúcar. Só em 02/08/1962, foi doado a cidade o Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho, a doação foi transferida para a Congregação das Irmãs de Caridade da Mãe da Misericórdia, representada pela Madre Maria Cornélia Elizabeth Ter Meer. A principal atividade da Instituição continua sendo o atendimento a saúde, disponibilizando para o SUS mais de 67% de todos os seus serviços e, acrescentando os serviços prestados gratuitamente, este percentual eleva-se 78,46%. É o único hospital e maternidade público da cidade, um dos melhores da Paraíba. Mais tarde foi criado o Hospital de Pronto Socorro Infantil de Santa Rita que por muitos anos atendeu a população mais nova da cidade, porém por meio de falta de implementos o hospital fechou em 2009.
A cidade hoje possui mais de 30 PSF’S espalhados na zona urbana e nos distritos, recentemente esta sendo construído o Hospital Metropolitano de Santa Rita, as margens da BR-230. Possui vários laboratórios de análises clinicas, convênios, PAM de Santa Rita e localidades de saúde. Em 26 de outubro de 2010, o Governo da Paraíba inaugura a primeira UPA na cidade e no estado, no bairro de tibiri II, sua estrutura é composta por dez leitos (sete para adultos e três para crianças) e uma equipe formada por três enfermeiros, dois pediatras, dois clínicos gerais e um cirurgião, que trabalham em regime de plantão.
Fonte: www.encontraparaiba.com.br